A síndrome de burnout é um distúrbio psíquico causado pela exaustão extrema, sempre relacionada ao trabalho. Essa condição, também chamada de “síndrome do esgotamento profissional”, afeta quase todas as facetas da vida de um indivíduo e é o resultado direto do acúmulo excessivo de estresse e de tensão emocional.
Sintomas como pressão frequente na cabeça, sono excessivo ou insônia, falta de concentração, tontura, visão embaçada e até mudanças na voz são alguns dos sinais.
Esses sinais entram nos impactos físicos causados pela síndrome. Além desses, taquicardia, falta de ar, tremores, sudorese, dor na barriga ou no peito, desmaios, sensação de formigamento pelo corpo e ondas de frio e de calor. Mesmo assim, todos esses sintomas ainda não englobam a totalidade dos efeitos da doença.
Por ser uma enfermidade ligada ao estresse, efeitos psicológicos também podem ser observados. Perin explica que, por conta da sobrecarga, a pessoa começa a ficar mais irritada, desenvolvendo uma certa aversão ao trabalho e aos colegas e outros funcionários. Também há sintomas depressivos, como desânimo, falta de vontade e um cansaço exagerado.
Reduzir o estresse, definindo pequenos objetivos na vida profissional e pessoal; Participar em atividades de lazer com amigos e familiares; Fazer atividades que “fujam” da rotina diária, como passear, comer num restaurante ou ir no cinema; Dar atenção aos sinais de alerta do corpo e da mente; Comunicar-se de forma clara e assertiva com os colegas e gestores
➡ Desapegue dos eletrônicos
Uma atitude que pode ajudar contra o estresse é entrar em contato com um amigo (até colega de trabalho) e conversar sobre o dia. Falar pode funcionar, seja distraindo você de seus pensamentos estressantes ou liberando parte da tensão acumulada, discutindo-a. Expressar-se é uma das maneiras que podem aliviar a tensão e te ajudar a relaxar. Ou seja, uma simples ação pode ser o melhor antídoto para o estresse. Além disso, não deixe de, mesmo que distante, se conectar com as pessoas.
CONTRIBUA para um ambiente de trabalho mais saudável, criando uma boa rotina dentro da empresa. Há inúmeros recursos para promover a saúde mental, como:
➡ BUSQUE estabelecer limite nas relações dentro da empresa, para que a amizade não seja usada como desculpa para que lhe transfiram mais trabalho e responsabilidade do que você pode assumir;
➡ EVITE levar trabalho para fora do escritório, mesmo que seja ler emails e mensagens do trabalho fora do expediente;
➡ NÃO abra mão das férias;
➡ EM caso de assédio (qualquer tipo de humilhação ou constrangimento que diminua, envergonhe ou ridicularize o trabalhador no ambiente de trabalho) comunique a equipe responsável;
➡ APOSTE nos trabalhos em equipe para compartilhar as tarefas com os colegas e melhorarem a performance.
E fique alerta, é preciso estar atento aos sintomas da síndrome de burnout. Lembre-se que se a mente está cansada, perdemos a eficiência e boa parte do rendimento. Logo, não adianta trabalhar mais, os resultados serão aquém do esperado e isso faz com que a frustração aumente. Portanto, ao menor sinal da síndrome procure um tratamento adequado e práticas que o ajudem, como essas que listamos.
Material sobre Burnout elaborado por Prof. Maria Bernardete Seroy Camargo, da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA).
Caracteriza-se como assédio toda e qualquer conduta abusiva, manifestando-se por comportamentos, palavras, atos, gestos ou escritos que possam trazer danos à personalidade, à dignidade ou à integridade física e psíquica de uma pessoa, pondo em perigo seu emprego ou degradando o ambiente de trabalho. A humilhação repetitiva interfere na vida do profissional, comprometendo a integridade, a dignidade, as relações afetivas e sociais. Gera danos à saúde e pode levar à incapacidade de trabalho e até a morte.
➡ Institucional: quando a instituição incentiva ou tolera o assédio.
➡ Interpessoal: individual com o objetivo de prejudicar ou eliminar alguém da equipe.
Horizontal
↪ Mesmo nível de hierarquia; Colegas intimidando os mais vulneráveis é o exemplo mais típico
Vertical
↪ Níveis hierárquicos diferentes
➢ Tipo 1 – Ascendente
Subordinado ou grupo de subordinados contra o chefe; Boicote e chantagem visando promoção são exemplos.
➢ Tipo 2 – Descendente
Chefe sobre subordinados; Exigir tarefas que não fazem parte da função, induzindo ao erro para punição é um exemplo
assédio descendente: o assediador é o professor e a vítima é o aluno
assédio ascendente: o assediador é o aluno e a vítima é o professor
São exemplos no descendente: alijamento de atividades especiais, reprimendas repetitivas, críticas constantes ao comportamento do aluno, critérios não equitativos de correções de trabalhos, provas, discriminação étnica, religiosa, social, por origem, incluindo discriminação contra estrangeiros ou alunos procedentes de outras regiões do mesmo país, entre outras.
São exemplos no ascendente: desrespeito, sarcasmo, falta de atenção intencional, provocações, perturbações da ordem na sala de aula e no ambiente escolar em geral, abuso em função do poder econômico com ameaças à integridade física, entre outros
Atitudes hostis | Isolamento e recusa de comunicação | Atentado contra a dignidade | Violência verbal, física ou sexual |
Retirar da vítima a autonomia | Interromper a vítima constantemente | Desqualificação com insinuações de desdém | Ameaças de violência física |
Não lhe transmitir mais as informações úteis para a realização de tarefas | Os superiores e os demais colegas de trabalho não dialogam com a vítima | Gestos de desprezo diante da vítima (suspiros, olhares desdenhosos) | Agressões físicas, mesmo que de leve: a vítima é empurrada, tem a porta fechada em sua face e similares |
Contestar sistematicamente suas decisões | A comunicação é somente por escrito | Descrédito da pessoa até com rumores a respeito do trabalhador | Somente falam com a pessoa aos gritos |
Criticar seu trabalho de forma injusta ou exagerada | Recusa de contato com a vítima, mesmo visual | São atribuídos problemas psicológicos (afirmações de que a pessoa é doente mental) | Invasão da vida privada, com ligações telefônicas, redes sociais |
Privar a vítima de acesso aos instrumentos de trabalho | A pessoa é separada dos outros | Zombarias sobre deficiências ou aspectos físicos da pessoa | A vítima é seguida na rua, espionada em seu domicílio |
Retirar o trabalho que normalmente lhe cabe ou dar-lhe novas tarefas permanentemente | Ignorar a presença do trabalhador, dirigindo-se apenas aos outros | Críticas à vida privada do trabalhador | São feitos estragos em seus bens |
Atribuir proposital e sistematicamente tarefas superiores às competências ou à saúde da vítima ou instruções impossíveis de executar | Proibir colegas de falar com o trabalhador | Zombarias quanto à origem ou nacionalidade da pessoa | A pessoa é assediada ou agredida sexualmente (com gestos ou propostas) |
➡ Não é assédio moral
Fique atento aos sinais! O assédio moral é grave porque causa danos à saúde e pode levar à morte do indivíduo, seja por doenças seja por suicídio. Evitar o assédio é dever de todos. Ligue 188 para conseguir ajuda através do Centro de Valorização da Vida.
Entre em contato com um representante da equipe gestora da Unidade de Ensino e/ou comunique-se pelos canais oficiais do CPS: copams@cps.sp.gov.br e ouvidoria@cps.sp.gov.br. Busque autoridade policial para lavrar boletim de ocorrência, reunindo provas para comprovar o assédio e anotando detalhadamente os ocorridos, com dia, hora e data, local, área de atuação do agressor, colegas que testemunharam e o conteúdo da conversa.
O Assédio Virtual configura-se quando um indivíduo ou grupo de pessoas utiliza a tecnologia digital (internet), objetivando ofender, hostilizar, importunar, intimidar ou perseguir alguém/grupo de indivíduos através da prática de comentários sexuais, pejorativos, divulgação de dados, informações pessoais e a propagação de discursos de ódio feitos na internet. Normalmente, os ataques sofridos por uma vítima de Assédio Virtual são intencionais e direcionados a violação da dignidade pessoal. O Assédio Virtual está circunstanciado pela conotação Moral e Sexual.
O Assédio Virtual com conotação SEXUAL, pode ser identificado a partir dos elementos abaixo:
O Assédio Virtual com conotação MORAL, pode ser identificado a partir dos elementos abaixo:
Mesmo que o fato, não tenha ocorrido presencialmente, o suposto autor deve responsabilizar-se pela representação que ocupa (docente, discente, gestor e servidor administrativo) diante das normativas institucionais vigentes, função que exige um comportamento ilibado seja presencialmente ou virtualmente, sendo a conduta o objeto de análise da Autarquia. Assim sendo, as condutas lesivas à intimidade, à honra, à privacidade e à dignidade sexual de terceiros são passíveis de punição pelo Estado
Com a expansão das Redes Sociais Digitais, o Assédio Virtual tem se tornado cada vez mais recorrente e, pode constituir-se em crime, como por exemplo, mediante a divulgação de Fake News.
O conteúdo da Cartilha de boas práticas digitais do Governo do Estado de São Paulo pode ser relevante para prevenção.
Material sobre Assédio elaborado por Prof. Maria Bernardete Seroy Camargo, da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA).